Horácio Castellanos Moya
Biografia
Horacio Castellanos Moya nasceu em 1957 em El
Salvador. Estudou Letras na Universidade do seu país
e História na Universidade de Toronto, Canadá.
Residiu no Canadá, Costa Rica, Espanha e México.
No seu país natal foi subdirector da revista
Tendencias e director do semanário Primera Plana. A
sua actividade jornalística e política obrigou-o a exilarse
várias vezes, a última após as ameaças de morte
recebidas por causa da publicação de El asco.
Thomas Bernhard en El Salvador (1997). Além de
Homem em Armas, é autor de quatro volumes de
contos, do ensaio Recuento de incertidumbre. Cultura
y política en El Salvador (1993); e dos romances La
diáspora, galardoado com o Prémio Universidade de
Centroamérica em 1988, Baile con serpientes (1996)
e La diabla en su espejo (2000).
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Homem em Armas
Os membros do pelotão puseram-lhe a alcunha de Robocop. Mede um metro e noventa, pesa quase cem quilos e é um dos combatentes mais ferozes. Era sargento numa tropa de assalto mas, quando a guerra terminou e se assinaram os acordos de paz entre a guerrilha e o governo de uma nação da América Central, foi desmobilizado. Os únicos bens que conservou quando se reintegrou numa suposta vida civil foram três espingardas, oito granadas defensivas, a sua pistola de nove milímetros e um cheque equivalente a três meses de salário. Que fazer?
Como os fracos não sobrevivem, Robocop continuará a dedicar-se ao único trabalho para que foi preparado: lutar. E assim virá a converter-se em membro de diferentes bandos de delinquentes que operam como comandos altamente especializados no ambiente de uma delicada transição política. Bandos onde a lealdade é apenas provisória e a traição sempre iminente.
Como os fracos não sobrevivem, Robocop continuará a dedicar-se ao único trabalho para que foi preparado: lutar. E assim virá a converter-se em membro de diferentes bandos de delinquentes que operam como comandos altamente especializados no ambiente de uma delicada transição política. Bandos onde a lealdade é apenas provisória e a traição sempre iminente.