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Viver a Relação de Ajuda
Os enfermeiros, contrariamente a muitos outros profissionais, têm na pessoa que cuidam, simultaneamente, o seu cliente e o objecto directo da sua actividade. Daí que, para além de desenvolverem o saber e o saber-fazer, é indispensável que também desenvolvam o saber-ser. Pode, pois, dizer-se que a profissão de enfermagem é exigente. Exige que se ofereça ao cliente e família este indispensável elemento da competência que é a capacidade de estabelecer uma relação que lhes permita ser cada vez mais eles próprios, crescer na alegria, no sofrimento e, algumas vezes, mesmo no momento da morte.
Independentemente do campo de actuação dos enfermeiros, tanto o cliente como a família têm o direito de esperar ou mesmo de exigir que a relação de ajuda seja a base do exercício de enfermagem.
Esta obra, simultaneamente teórica e prática, visa questionar a imagem tradicional da "boa enfermeira" e, sobretudo, fazer realçar a concepção da verdadeira relação de ajuda. Para tal, está dividida em dois níveis de abordagens. A primeira abordagem é constituída por uma introdução dirigida as enfermeiras que se iniciam na relação de ajuda, analisando conceitos tão importantes como o respeito, a congruência e a empatia. A segunda abordagem retoma as mesmas dimensões, mas desta vez, tratadas com mais profundidade. Desta forma, num primeiro tempo, os leitores podem concentrar-se unicamente sobre a aprendizagem de base contida na primeira abordagem e em seguida prosseguir com o conteúdo da segunda. Por outro lado, a organização deste livro também permite desenvolver conhecimentos relativamente a cada dimensão da relação de ajuda, mas procedendo de forma progressiva para cada uma delas.
Tanto na primeira como na segunda abordagem, a aprendizagem dos elementos teóricos é integrada através de situações fictícias propostas no fim de cada um dos temas relativos às diferentes dimensões da relação de ajuda.
É importante realçar que esta obra faz grande apelo à escrita, na medida em que esta constitui um excelente auxiliar para o autoconhecimento, dimensão essencial à relação de ajuda.