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A Voz do Silêncio
A omnipresente memória das coisas vividas e o obsessivo movimento que define a poesia de Alexandra Marques deixam-nos um sabor amargo nesta voz de um silêncio que mata, que grita, que se sobrepõe a essa mesma e única voz para se revelar na sua plenitude. É como se nos poemas estivessem incrustados fragmentos de uma realidade longínqua, que ecoa no silêncio, que mesmo à memória parece estranha. É como se, nos poemas, refratássemos as fendas da realidade daquele "eu" perdido na voz do silêncio. É como se, nos poemas, encontrássemos, finalmente, aquela paz que procuramos nas perceções do real.