Filipe Verde
Biografia
Filipe Verde nasceu em
1961. A primeira vocação
encontrou-a na
adolescência, corredor de
motas. Mais tarde, o
fascínio sobre as
sociedades que pareciam
viver na idade da pedra
levou-o a estudar
Antropologia. É o que faz
há 30 anos, ensinando-a há 25.
Publicou três livros numa contracorrente antropológica muito própria, e o que de entre eles prefere é O Homem Livre – Mito, Moral e Carácter numa Sociedade Ameríndia, uma comparação dos mitos e universos éticos de Ameríndios, Gregos clássicos e Europeus modernos. No último ano começou a escrever ficção, escrevendo dois romances. 1974 é o primeiro que publica.
Publicou três livros numa contracorrente antropológica muito própria, e o que de entre eles prefere é O Homem Livre – Mito, Moral e Carácter numa Sociedade Ameríndia, uma comparação dos mitos e universos éticos de Ameríndios, Gregos clássicos e Europeus modernos. No último ano começou a escrever ficção, escrevendo dois romances. 1974 é o primeiro que publica.
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1974
A 28 de Setembro de 1974, ainda o povo celebrava a liberdade conquistada na revolução de Abril, um golpe militar apoiado por Moscovo, e consentido por Washington, coloca os comunistas no poder em Portugal. A propriedade privada é abolida, uma base militar soviética é construída em Sines e uma nova polícia política prende, tortura e condena ao esquecimento todos os opositores do regime. Ano após ano, cerimónias grandiosas em Lisboa e no Porto celebram com paradas militares e bandeiras vermelhas os sucessivos aniversários da revolução comunista. O País mergulha num longo período de trevas que resistirá à queda do Muro de Berlim e ao colapso da URSS.
No recanto mais Ocidental da Europa, completamente isolado do exterior e com fronteiras vigiadas, subsiste um dos últimos bastiões do comunismo no mundo. É neste ambiente opressivo que se confrontam as personalidades de dois antigos amantes. Francisco, um escritor dissidente, e Maria, uma cada vez mais importante figura da nomenclatura. Francisco paga um preço demasiado alto por afrontar o regime com um livro perigoso para o poder, Maria age à luz da fé inabalável, urgente e implacável de tudo destruir para fazer nascer um mundo novo.
Retratando um país fictício, mas que há quatro décadas esteve perto de despontar em Portugal, este é um romance inquietante pela sua proximidade - e porque nele se projetam alguns dos maiores receios das sociedades modernas, como o triunfo dos radicalismos e a privação das liberdades individuais.
No recanto mais Ocidental da Europa, completamente isolado do exterior e com fronteiras vigiadas, subsiste um dos últimos bastiões do comunismo no mundo. É neste ambiente opressivo que se confrontam as personalidades de dois antigos amantes. Francisco, um escritor dissidente, e Maria, uma cada vez mais importante figura da nomenclatura. Francisco paga um preço demasiado alto por afrontar o regime com um livro perigoso para o poder, Maria age à luz da fé inabalável, urgente e implacável de tudo destruir para fazer nascer um mundo novo.
Retratando um país fictício, mas que há quatro décadas esteve perto de despontar em Portugal, este é um romance inquietante pela sua proximidade - e porque nele se projetam alguns dos maiores receios das sociedades modernas, como o triunfo dos radicalismos e a privação das liberdades individuais.
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