Eliana Sousa Santos
Biografia
Eliana Sousa Santos é doutorada pela Universidade de Londres e foi investigadora visitante na Yale School of Architecture. Foi curadora da exposição A Forma Chã, na Fundação Calouste Gulbenkian (2016), e recebeu o Prémio Távora da Ordem dos Arquitetos (2017). É investigadora integrada do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.
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Primavera Tardia
Ao deambular pela paisagem e pelo imaginário do Japão, Eliana Sousa Santos e Tiago Silva Nunes concluem que o único caminho possível é o da memória.
Este livro reúne um conjunto de ensaios que escreveram numa viagem através do arquipélago no incrível mês da chuva, na transição entre a Primavera e o Verão de 2019. A descrição física dos lugares entrelaça-se com as reminiscências de autores e obras literárias, cinematográficas e arquitectónicas cruciais para definir a memória cultural e o imaginário japoneses. A natureza e a catástrofe, a memória e a esperança cruzam-se numa viagem pela história cultural do Japão.
Os autores começam em Tóquio, onde seguem os percursos de Haruki Murakami em Norwegian Wood, e exploram as propostas utópicas dos arquitectos metabolistas e as visões distópicas de Akira, entre o final da ocupação americana e o presente. Prosseguem pelo arco da baía de Sagami, reflectindo sobre as representações do Japão ao longo da Tokaido, uma paisagem povoada pelo imaginário de Yasujiro Ozu, Hokusai e Hiroshi Sugimoto. Continuam através dos vales de Kansai, com Sei Shonagon, explorando a religião e os mitos fundadores do Japão, entre o santuário de Ise e a corte imperial do período Heian. Viajam ao longo do mar Interior de Seto, na companhia de Alain Resnais, Ishiro Honda e Rei Naito, encontram os vestígios do progresso tecnológico e do trauma provocado pelas bombas atómicas. Finalmente, atravessam os Alpes Japoneses seguindo a peregrinação de Basho ao interior profundo e confrontam-se com a catástrofe ambiental no imaginário de Yoko Tawada e Hayao Miyazaki.
Este livro reúne um conjunto de ensaios que escreveram numa viagem através do arquipélago no incrível mês da chuva, na transição entre a Primavera e o Verão de 2019. A descrição física dos lugares entrelaça-se com as reminiscências de autores e obras literárias, cinematográficas e arquitectónicas cruciais para definir a memória cultural e o imaginário japoneses. A natureza e a catástrofe, a memória e a esperança cruzam-se numa viagem pela história cultural do Japão.
Os autores começam em Tóquio, onde seguem os percursos de Haruki Murakami em Norwegian Wood, e exploram as propostas utópicas dos arquitectos metabolistas e as visões distópicas de Akira, entre o final da ocupação americana e o presente. Prosseguem pelo arco da baía de Sagami, reflectindo sobre as representações do Japão ao longo da Tokaido, uma paisagem povoada pelo imaginário de Yasujiro Ozu, Hokusai e Hiroshi Sugimoto. Continuam através dos vales de Kansai, com Sei Shonagon, explorando a religião e os mitos fundadores do Japão, entre o santuário de Ise e a corte imperial do período Heian. Viajam ao longo do mar Interior de Seto, na companhia de Alain Resnais, Ishiro Honda e Rei Naito, encontram os vestígios do progresso tecnológico e do trauma provocado pelas bombas atómicas. Finalmente, atravessam os Alpes Japoneses seguindo a peregrinação de Basho ao interior profundo e confrontam-se com a catástrofe ambiental no imaginário de Yoko Tawada e Hayao Miyazaki.