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Imprensa da Universidade de Coimbra
No prefácio da sua obra, Heródoto, a quem Cícero haveria de chamar pater historiae, usa precisamente a palavra história para caracterizar o relato que se preparava para iniciar. O termo - que tanta fortuna iria conhecer no futuro - designava naquele contexto a "exposição das informações" resultantes de um processo de indagação dos acontecimentos, onde a observação directa dos eventos narrados detinha ainda um papel importante. As razões que lhe justificavam a preocupação em registar feitos pretéritos vêm referidas logo a seguir: zelar pela preservação de acontecimentos passados; tributar a devida homenagem a quem se distinguiu pelas suas empresas; conhecer a causa dos acontecimentos referidos. E tudo isto permeado pela afirmação discreta da imparcialidade no juízo.
Numa altura em que o Instituto de Estudos Clássicos celebra os sessenta anos de existência, as palavras de Heródoto voltam a soar com toda a limpidez e sentido de oportunidade, pela forma como recordam o dever que cada geração tem de garantir a preservação da memória dos acontecimentos que mais a marcaram. No caso concreto do Instituto de Estudos Clássicos, essa memória próxima abarca já três gerações, mas continuamos a ter a fortuna de poder testar quase todas as informações junto dos verdadeiros histores, na acepção de testemunhas directas dos acontecimentos narrados.
E mesmo que a imparcialidade não seja total (pois todo registo implica uma triagem da informação, com alguma dose de subjectividade), continua a levar-se vantagem sobre a frigída indiferença do mármore partido.
Foi desta consciência que decorreu a ideia de elaborar o presente livro, o qual gostaríamos que constituísse uma evocação das pessoas e dos eventos que ajudaram a dar ânimo a um sector específico da vida universitária, mas também que foram construindo, com dedicação e empenho, a escola dos Estudos Clássicos em Coimbra.
Numa altura em que o Instituto de Estudos Clássicos celebra os sessenta anos de existência, as palavras de Heródoto voltam a soar com toda a limpidez e sentido de oportunidade, pela forma como recordam o dever que cada geração tem de garantir a preservação da memória dos acontecimentos que mais a marcaram. No caso concreto do Instituto de Estudos Clássicos, essa memória próxima abarca já três gerações, mas continuamos a ter a fortuna de poder testar quase todas as informações junto dos verdadeiros histores, na acepção de testemunhas directas dos acontecimentos narrados.
E mesmo que a imparcialidade não seja total (pois todo registo implica uma triagem da informação, com alguma dose de subjectividade), continua a levar-se vantagem sobre a frigída indiferença do mármore partido.
Foi desta consciência que decorreu a ideia de elaborar o presente livro, o qual gostaríamos que constituísse uma evocação das pessoas e dos eventos que ajudaram a dar ânimo a um sector específico da vida universitária, mas também que foram construindo, com dedicação e empenho, a escola dos Estudos Clássicos em Coimbra.