Conde D'Arnoso
Biografia
Bernardo Pinheiro Correia de Melo, primeiro conde de Arnoso, nasceu em Guimarães, em maio de 1855. Estudou matemáticas e engenharia, foi oficial do exército e secretário pessoal do rei D. Carlos, que lhe atribuiu o título em 1895. Membro dos Vencidos da Vida, como autor usou também o pseudónimo literário Bernardo Pindela (era filho do visconde de Pindela). Morreu em Famalicão, em 1911. Além de Jornadas pelo Mundo e de Azulejos – com prefácio de Eça de Queirós –, publicou De Braço Dado, em coautoria com o conde de Sabugosa, seu cunhado, e as peças de teatro A Primeira Nuvem e Suave Milagre (adaptação de um conto de Eça). Tem vasta colaboração dispersa na imprensa da época.
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Jornadas pelo Mundo
De Marselha a Pequim, passando por Port Said, Suez, Áden, Singapura, Saigão, Hong Kong, Macau ou Xangai, este é um dos grandes relatos de viagem do século xix português.
Em 1887, Bernardo Pinheiro Correia de Melo, futuro Conde de Arnoso, foi designado secretário da embaixada à corte imperial de Pequim para assinar o tratado sobre a tutela portuguesa de Macau. O resumo dessa viagem, que o levou de Marselha a Pequim (passando por Port Said, Suez, Áden, Singapura, Saigão, Hong Kong, Macau ou Xangai) foi publicado em 1895 e é um exemplo de como os portugueses de então viam o mundo. Confrontado com o prodigioso passado da China (as termas do imperador Qianlong, os túmulos Ming ou a Grande Muralha) e com as vicissitudes que o Império do Meio atravessava na época, Arnoso nunca abandona o seu olhar cosmopolita, minucioso, atento aos pormenores, chocado diante da penúria, assombrado perante as ruínas ou a promessa do futuro.
Uma viagem da Europa ao grande continente chinês.
Em 1887, Bernardo Pinheiro Correia de Melo, futuro Conde de Arnoso, foi designado secretário da embaixada à corte imperial de Pequim para assinar o tratado sobre a tutela portuguesa de Macau. O resumo dessa viagem, que o levou de Marselha a Pequim (passando por Port Said, Suez, Áden, Singapura, Saigão, Hong Kong, Macau ou Xangai) foi publicado em 1895 e é um exemplo de como os portugueses de então viam o mundo. Confrontado com o prodigioso passado da China (as termas do imperador Qianlong, os túmulos Ming ou a Grande Muralha) e com as vicissitudes que o Império do Meio atravessava na época, Arnoso nunca abandona o seu olhar cosmopolita, minucioso, atento aos pormenores, chocado diante da penúria, assombrado perante as ruínas ou a promessa do futuro.
Uma viagem da Europa ao grande continente chinês.