Choderlos de Laclos
Biografia
Pierre Ambroise François Choderlos de Laclos (1741-1803), romancista e oficial de artilharia francês que viveu intensamente a Revolução Francesa (editou jornais e panfletos republicanos, participou em manobras palacianas, organizou protestos e foi preso ou exilado mais do que uma vez), celebrizou-se como autor do controverso romance epistolar As Ligações Perigosas (1782), obra-prima da literatura setecentista e um dos primeiros exemplos de romance psicológico, que expõe as intrigas amorosas da aristocracia do Antigo Regime — valendo-lhe a fama imediata de escandaloso, apenas equiparada à de Marquês de Sade. Personagem múltipla e complexa, de pai extremoso e marido exemplar a admirador de Rousseau e das ideias jacobinas, desdobrou-se a escrever ensaios, discursos, cartas, peças, um libreto e até canções. Com os textos que compõem Da Educação das Mulheres (1783), deixou-nos uma das visões iluministas mais originais e destemidas sobre a condição feminina.
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Da Educação das Mulheres
No final do século XVIII, a questão da educação das mulheres só pode ter, segundo Choderlos de Laclos, uma única resposta: «Onde existe escravatura, não pode haver educação: em todas as sociedades as mulheres são escravas; portanto, a mulher social não é susceptível de educação.»
Da Educação das Mulheres (1783), a obra inacabada do polémico autor de As Ligações Perigosas, tem a ousadia de defender, muito antes de a história lhe dar razão, que apenas uma revolução preconizada pelas próprias mulheres é capaz de alterar a situação em que se encontravam.
Choderlos de Laclos interessa-se pela libertação feminina até ao fim da sua vida, defendendo a igualdade entre os sexos e invocando com fervor a mulher natural, ser livre e poderoso.
Da Educação das Mulheres (1783), a obra inacabada do polémico autor de As Ligações Perigosas, tem a ousadia de defender, muito antes de a história lhe dar razão, que apenas uma revolução preconizada pelas próprias mulheres é capaz de alterar a situação em que se encontravam.
Choderlos de Laclos interessa-se pela libertação feminina até ao fim da sua vida, defendendo a igualdade entre os sexos e invocando com fervor a mulher natural, ser livre e poderoso.