Carlos Ceia
Biografia
Professor catedrático de Estudos Ingleses da Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. Doutorou-se em Hispanic Studies, em 1993, na Universidade de Cardiff (UK). Fez a agregação em Teoria da Literatura na FCSH, em 1997. Fundador e diretor do ILNOVA (Instituto de Línguas da Universidade Nova de Lisboa), em 2006. Diretor do Centre for English, Translation and Anglo-Portuguese Studies (CETAPS), desde 2014, onde dirige o grupo de investigação Teacher Education and Applied Language Studies (TEALS). Coordena atualmente o Doutoramento em Didática das Línguas – Multilinguismo e Educação para a Cidadania Global e os Mestrados em Ensino (formação de professores da FCSH). António… é o seu segundo romance, depois de O Professor Sentado (2004).
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António
Na primeira metade do século XX, em Portalegre, António é um homem comum, canastreiro de profissão, habitando nas Covas de Belém com a sua mulher e seus doze filhos, que vai fazendo a sua vida igualmente comum, sem história alguma vez contável por via erudita; ao mesmo tempo, assistimos ao quotidiano da cidade dita branca, num registo oposto à mítica Toada de Portalegre, porque a cidade cresceu também sem poesia.
É desse mundo longe dos olhares idílicos dos poetas que se dá a conhecer a vida real de quem também construiu a cidade com suor, fome, trabalho duro e com pouca indulgência. António teve doze filhos bons, mas ele conseguiu ser um exemplo de um homem mau e é também a história da construção dessa maldade genuína, sem dissimulações nem jogos de poder, que podemos perceber em todos os locais da cidade e do campo em volta de Portalegre.
Ao mesmo tempo, este é também um romance histórico, em que precisamente a cidade de Portalegre é a protagonista. A Portalegre de Régio é a que todos guardam na memória, mas esta memória não tem nada a ver com aquilo que foi a vida real na cidade durante a Ditadura. Por isso, este romance é sobre a cidade de que Régio nunca falou.
Por aqui passaram reis e ditadores da Nação e escritores como Fernando Pessoa, e deles se dará notícia romanceada, mas é o povo, esse anti-herói da vida real que toma o palco quase sempre, mostrando o seu saber sem vaidade, a sua linguagem vernácula, a sua fome e a sua sobrevivência sem desculpas, porque mesmo os homens maus podem conseguir morrer com dignidade.
É desse mundo longe dos olhares idílicos dos poetas que se dá a conhecer a vida real de quem também construiu a cidade com suor, fome, trabalho duro e com pouca indulgência. António teve doze filhos bons, mas ele conseguiu ser um exemplo de um homem mau e é também a história da construção dessa maldade genuína, sem dissimulações nem jogos de poder, que podemos perceber em todos os locais da cidade e do campo em volta de Portalegre.
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