Assistimos à formação de Hillary, que se descreve como «mentalmente conservadora, liberal no coração» - o seu crescimento algo romanesco como rapariga do Midwest; a curiosidade estimulada por professores dedicados, pelo contacto com Martin Luther King Jr., pela efervescência dos anos sessenta e, acima de tudo, por um grande desejo de mudar o mundo. Em Wellesley, observamos Hillary, florescendo na nova lógica do céu como limite para a liberdade da mulher.

O livro leva-nos à Faculdade de Direito de Yale, quando Hillary se enamora de Bill Clinton e cancela o sonho de seguir o seu próprio rumo. Bernstein clarifica a dinâmica tantas vezes espantosa do seu casamento, mostra-nos até que ponto Hillary foi instrumento dos triunfos e contratempos da presidência de Bill Clinton. No caos emocional e político do Caso Monica Lewinsky, vemos Hillary, apesar da sua imensa dor e raiva, manter-se firme ao lado do marido - despertando uma crescente onda de simpatia num público até então hostil a ela.

Agora é o tempo dela. Ao decidir concorrer à presidência, contando com o marido como um valioso auxiliar, Hillary tem mais uma hipótese de realizar a sua maior ambição de sempre - mudar o mundo.