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O Decálogo V - A Vingança
Berlim, 1922. Sete anos após o genocídio que custou a vida à maior parte dos seus, os arménios pertencentes ao "Serviço da Dívida" continuam a perseguir os seus algozes turcos. Estes últimos, desconfiados e bem protegidos, refugiam-se em diversas capitais europeias, e tornam-se, a cada dia, mais dificilmente localizáveis. Para descobrir o paradeiro de Selim Gunneï, criminoso e bibliófilo compulsivo, a jovem Missak Zakarian conta com dois trunfos de peso: Ayla, filha do homem que persegue, e Nahik, um livro raro por cuja posse o turco está disposto a arriscar a vida.
O ciclo Decálogo, revelado em português por Edições ASA, é composto por dez álbuns, de leitura autónoma mas perfazendo um todo coerente. Cada um dos livros, sempre assinado por um desenhador diferente, propõe-se narrar, em abordagens cenográficas e temporais distintas, a demanda mística e arriscada da mesma obra imaginária - Nahik -, testemunho que assegura a transição entre episódios e fulgurante pretexto para Giroud dar conta, com todo um mundo de aventuras por pano de fundo, de todas as paixões que movem o homem desde a noite dos tempos bem como das angústias que o tolhem face ao Além e às suas relações com o Divino.
Os dez opus independentes - tantos quantos os mandamentos a que se reportam - têm por traço comum, para além da proficiência narrativa e da retórica de thriller e suspense que lhes está subjacente, o apelo singular da ilustração e, no cerne do argumento, um paradoxo irresolúvel: se Nahik comporta os mandamentos essenciais, fundamentos da paz, do amor e da humanidade, porque semeia em seu redor a destruição? É afinal Nahik um manuscrito sagrado ou um escrito maldito? Um tesouro bibliográfico, um instrumento político ou, sendo tudo isto em simultâneo, uma mera ponte entre dois seres com o devir do mundo por décor?
O ciclo Decálogo, revelado em português por Edições ASA, é composto por dez álbuns, de leitura autónoma mas perfazendo um todo coerente. Cada um dos livros, sempre assinado por um desenhador diferente, propõe-se narrar, em abordagens cenográficas e temporais distintas, a demanda mística e arriscada da mesma obra imaginária - Nahik -, testemunho que assegura a transição entre episódios e fulgurante pretexto para Giroud dar conta, com todo um mundo de aventuras por pano de fundo, de todas as paixões que movem o homem desde a noite dos tempos bem como das angústias que o tolhem face ao Além e às suas relações com o Divino.
Os dez opus independentes - tantos quantos os mandamentos a que se reportam - têm por traço comum, para além da proficiência narrativa e da retórica de thriller e suspense que lhes está subjacente, o apelo singular da ilustração e, no cerne do argumento, um paradoxo irresolúvel: se Nahik comporta os mandamentos essenciais, fundamentos da paz, do amor e da humanidade, porque semeia em seu redor a destruição? É afinal Nahik um manuscrito sagrado ou um escrito maldito? Um tesouro bibliográfico, um instrumento político ou, sendo tudo isto em simultâneo, uma mera ponte entre dois seres com o devir do mundo por décor?