Bruno Portela
Biografia
Bruno Portela (Lisboa, 1966), uma vez concluído o Curso de Imagem da António Arroio, cumpriu o ensino superior na área da fotografia em Bruxelas, de onde regressou para integrar a equipa de fotojornalistas fundadores do jornal Público, em 1989, onde permaneceu até 1997. Foi também coordenador do Gabinete de Fotografia da Expo'98, editor fotográfico do Grupo Impala, colaborou depois com a Notícias Magazine, Jornal de Notícias e Visão. Nos últimos anos trabalhou com as agências de comunicação LPM e Cunha Vaz bem como com instituições nacionais e internacionais – Assembleia da República, Gabinete do Primeiro-Ministro, Comissão Europeia. É fundador da associação cultural Estação Imagem, que tem o objetivo de divulgar a fotografia em Portugal, onde desempenha desde 2009 as funções de coordenação do festival internacional de fotografia e do prémio anual de fotojornalismo. Participou em mais de duas dezenas de exposições individuais e coletivas em Portugal, Espanha, França e Bélgica; e tem ensaios fotográficos ou trabalhos documentais publicados em 14 livros, dos quais se destacam 9 Ilhas - 9 Fotógrafos [Governo Regional dos Açores] e Lugares Alentejanos na Literatura Portuguesa [Câmara Municipal de Mora].
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Uma Cidade Pode Esconder Outra | One City Can Conceal Another
"Os lugares possuem um espírito. Mas o tempo não lhes permite que se mantenha o mesmo para sempre. Neste pedaço de Lisboa, qualquer coisa em hectares (340) como a extensão que vai do Terreiro do Paço a Entrecampos, morreram maneiras de construir, modos de ir deixando andar, parte de um século. Paz à sua lama. O século XX acabava e a capital ignorava o seu oriente quando, a pretexto do encontro com outros orientes, resolveu atirar-se a uma das maiores transformações urbanas do país. A regeneração do território foi, aliás, uma das principais razões para que Portugal ganhasse, a organização da última exposição mundial do século, a EXPO '98, de par com a celebração da viagem de Vasco da Gama e por ter escolhido os oceanos como tema. Uma das maneiras de aferir o sucesso da mudança está no apagamento da memória do que aqui foi. O trabalho do fotógrafo é captar espíritos. Ora o fotógrafo estava, nos idos de 1994, no lugar exacto à hora certa para registar este fim de ciclo. Eis que o seu olhar se ergue acima do meramente documental. Se virmos bem, em jogo estão vários planos, como se o olhar escavasse os sedimentos que compõem os territórios."
bibliografia
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