Boualem Sansal
Biografia
Boualem Sansal nasceu em 1949, na Argélia. É formado em Engenharia e doutorado em Economia. Os seus livros têm sido aclamados no espaço francófono, mas também um pouco por todo o mundo. Sansal foi agraciado com os seguintes prémios literários, entre outros: Prémio do Primeiro Romance; Prémio Michel Dard; Prémio RTL-Lire; Prémio da Francofonia; Prémio Louis-Guilloux; Prémio da Paz dos Livreiros Alemães - Feira de Frankfurt; Prémio Édouard-Glissant; Grande Prémio do Romance Árabe; Grande Prémio do Romance da Société des Gens de Lettres; Grande Prémio da Francofonia da Academia Francesa; Grande Prémio do Romance da Renaissance Française.
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2084. O Fim do Mundo
Um romance-fábula aterrador, inspirado em 1984, de George Orwell, sobre o estabelecimento de uma ditadura religiosa de raiz muçulmana. Prémio da Academia Francesa. A globalização vai conduzir o Islamismo ao poder, por todo o mundo, dentro de 50 anos, a começar pela Europa - é a previsão do escritor argelino Boualem Sansal, em 2084, um romance-fábula, aterrador, inspirado em 1984, de George Orwell, sobre o estabelecimento de uma ditadura religiosa. Segundo Sansal - Grande Prémio da Francofonia da Academia Francesa, em 2013 -, os três totalitarismos imaginados por Orwell coincidiram na globalização financeira de hoje, que vai a breve prazo ser tomada pelo Islamismo. É a primeira vez que afirmações desta dimensão são proferidas por um autor de educação muçulmana, que vive na Argélia. O Abistão, imenso império, deriva do nome do profeta Abi, «representante» e «delegado» de Yölah, na Terra. O seu sistema de vida baseia-se na amnésia - e na submissão a um deus único, cruel e todo-poderoso. Qualquer pensamento pessoal é banido; um sistema de vigilância omnipresente permite às autoridades conhecer as ideias e os «atos desviantes».
Oficialmente, o povo vive na maior das felicidades, proporcionada por uma fé religiosa inquestionável.
A personagem central, Ati, questiona as certezas impostas pelos dirigentes políticos e imãs, lançando-se, então, numa investigação para descobrir um povo suspeito, renegado, que vive em guetos desconhecidos, ao arrepio do poder das autoridades religiosas.
Boualem Sansal constrói uma distopia violenta e macabra, que se filia diretamente em George Orwell e no seu 1984, para abordar o poder, o alcance e a hipocrisia do radicalismo religioso muçulmano que ameaça as nossas democracias.
Oficialmente, o povo vive na maior das felicidades, proporcionada por uma fé religiosa inquestionável.
A personagem central, Ati, questiona as certezas impostas pelos dirigentes políticos e imãs, lançando-se, então, numa investigação para descobrir um povo suspeito, renegado, que vive em guetos desconhecidos, ao arrepio do poder das autoridades religiosas.
Boualem Sansal constrói uma distopia violenta e macabra, que se filia diretamente em George Orwell e no seu 1984, para abordar o poder, o alcance e a hipocrisia do radicalismo religioso muçulmano que ameaça as nossas democracias.