Antônio Torres
Biografia
Antônio Torres nasceu em 13 de setembro de 1940 em Junco, no interior da Bahia.
Descobriu a vocação literária na escola rural de sua terra, incentivado por sua professora. Logo começou a escrever as cartas dos moradores da cidade, a recitar poemas de Castro Alves na pracinha do lugar e a ajudar o padre a rezar missa em latim. Estudou em Alagoinhas e Salvador, onde se tornou repórter do Jornal da Bahia. Foi jornalista e publicitário em São Paulo, Portugal e Rio de Janeiro.
Tem romances e contos traduzidos em 21 países (Argentina, Cuba, Estados Unidos, França, Espanha, Alemanha, Itália, Holanda, Inglaterra, Israel, Bulgária, Roménia, Paquistão, Croácia, Portugal, Vietname, Uruguai, Canadá, México, Polónia, Turquia).
Foi condecorado com o título de "Chevalier des Arts et des Lettres" pelo governo de França, em 1998, pelos seus livros traduzidos lá até então: Essa terra (que deu ao seu tradutor, Jacques Thiériot, o Grand Prix Cultura Latina), e Um táxi para Viena d'Áustria. Mais tarde (2017), o Ministério da Educação francês escolheu o seu conto "Por um pé de feijão" para o concurso "Agrégation", destinado ao ensino de Português nas escolas daquele país, e que foi disputado por 40 candidatos para uma única vaga. No Brasil, esse conto está publicado no livro "Meninos, eu conto" e integra a antologia dos "Cem melhores contos brasileiros do século", organizada por Ítalo Moriconi.
Em 2000 recebeu o Prémio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras pelo conjunto da sua obra.
Entre 1999 e 2005 foi Escritor Visitante da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) ministrando oficinas literárias, realizando aulas inaugurais e proferindo palestras nos campus do Maracanã, de São Gonçalo e de Duque de Caxias.
O autor já participou por duas vezes do júri do Prémio Casa de las Américas, de Cuba (1984 - com Nélida Piñon, Rubem Fonseca, Otávio Ianni e Dinorah do Valle, e 1999, com Thiago de Mello), e do Prémio Camões (1995, em Lisboa, com Márcio Souza e Affonso Romano de Sant'Anna, quando o premiado foi José Saramago).
Descobriu a vocação literária na escola rural de sua terra, incentivado por sua professora. Logo começou a escrever as cartas dos moradores da cidade, a recitar poemas de Castro Alves na pracinha do lugar e a ajudar o padre a rezar missa em latim. Estudou em Alagoinhas e Salvador, onde se tornou repórter do Jornal da Bahia. Foi jornalista e publicitário em São Paulo, Portugal e Rio de Janeiro.
Tem romances e contos traduzidos em 21 países (Argentina, Cuba, Estados Unidos, França, Espanha, Alemanha, Itália, Holanda, Inglaterra, Israel, Bulgária, Roménia, Paquistão, Croácia, Portugal, Vietname, Uruguai, Canadá, México, Polónia, Turquia).
Foi condecorado com o título de "Chevalier des Arts et des Lettres" pelo governo de França, em 1998, pelos seus livros traduzidos lá até então: Essa terra (que deu ao seu tradutor, Jacques Thiériot, o Grand Prix Cultura Latina), e Um táxi para Viena d'Áustria. Mais tarde (2017), o Ministério da Educação francês escolheu o seu conto "Por um pé de feijão" para o concurso "Agrégation", destinado ao ensino de Português nas escolas daquele país, e que foi disputado por 40 candidatos para uma única vaga. No Brasil, esse conto está publicado no livro "Meninos, eu conto" e integra a antologia dos "Cem melhores contos brasileiros do século", organizada por Ítalo Moriconi.
Em 2000 recebeu o Prémio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras pelo conjunto da sua obra.
Entre 1999 e 2005 foi Escritor Visitante da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) ministrando oficinas literárias, realizando aulas inaugurais e proferindo palestras nos campus do Maracanã, de São Gonçalo e de Duque de Caxias.
O autor já participou por duas vezes do júri do Prémio Casa de las Américas, de Cuba (1984 - com Nélida Piñon, Rubem Fonseca, Otávio Ianni e Dinorah do Valle, e 1999, com Thiago de Mello), e do Prémio Camões (1995, em Lisboa, com Márcio Souza e Affonso Romano de Sant'Anna, quando o premiado foi José Saramago).
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Os Homens dos Pés Redondos
Este livro tem como cenário um país chamado Ibéria, que antigamente "em tempos mais felizes" orgulhava-se de ter gerado grandes homens, capazes de sustentar uma espada de 80 quilos com uma única mão. Agora, perdidos os seus domínios numa distante Terra Crioula e a consumir o que lhe resta de energia numa guerra inglória na Terra Negra, chafurda nos escombros das glórias do passado, assistindo, melancolicamente, às mudanças do mundo.
É neste espaço e tempo que se movem os personagens deste romance: um pobretão que planeia matar, com uma tesoura, o seu chefe - o escritor Adelino Alves -, que, preso no aeroporto ao tentar embarcar para Estocolmo, é substituído no emprego, e na cama, por um certo estrangeiro, que se torna amante de sua mulher, Lena; o banqueiro Fernandes e seus filhos, Maria Manuela e Júnior; e ainda o cabo Emílio, que deu um murro num tenente que queria roubar-lhe a namorada e amargou cinco anos na cadeia, em Macau, lá na China. Todos a darem voltas em torno de si mesmos, até ficarem de pés redondos.
É neste espaço e tempo que se movem os personagens deste romance: um pobretão que planeia matar, com uma tesoura, o seu chefe - o escritor Adelino Alves -, que, preso no aeroporto ao tentar embarcar para Estocolmo, é substituído no emprego, e na cama, por um certo estrangeiro, que se torna amante de sua mulher, Lena; o banqueiro Fernandes e seus filhos, Maria Manuela e Júnior; e ainda o cabo Emílio, que deu um murro num tenente que queria roubar-lhe a namorada e amargou cinco anos na cadeia, em Macau, lá na China. Todos a darem voltas em torno de si mesmos, até ficarem de pés redondos.