António Patrício
Biografia
Filho de uma família burguesa da cidade do Porto, António Patrício nasceu em 1878. Frequentou a Escola Naval, em Lisboa, mas é em Medicina que acaba por se formar, em 1908. Depois de implantada a República, António Patrício é nomeado cônsul de Portugal na Corunha, iniciando uma carreira diplomática que o levou a Cantão, Manaus, Bremen, Atenas e Istambul.
Enquanto escritor deixou obras em poesia e prosa, nomeadamente contos e peças de teatro. Nos seus livros refletem-se tendências simbolistas, decadentistas e saudosistas ligadas a uma escrita esteticamente cuidada e sensível.
Enquanto escritor deixou obras em poesia e prosa, nomeadamente contos e peças de teatro. Nos seus livros refletem-se tendências simbolistas, decadentistas e saudosistas ligadas a uma escrita esteticamente cuidada e sensível.
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Pedro, o Cru
«(…) Cheiras a podre… Saboreio o teu cheiro como um corvo… Melhor do que o das rosas que me deste (…) Estou certo que os vermes mesmo se arrastam no teu corpo com doçura (…), diz Pedro a Inês, a quem desenterrou com as suas próprias mãos e conserva morta nos seus braços: Pedro é o retrato da saudade, uma contradição viva de desespero e alegria louca do que amou e perdeu.»
Embora seja uma peça de teatro em 4 actos escrita em 1918, é, na verdade, um magnífico poema saudosista onde o simbolismo reina e se projecta ao mais alto nível e que vai culminar na última cena, não apenas pela qualidade da escrita como pela coerência da acção.
Embora seja uma peça de teatro em 4 actos escrita em 1918, é, na verdade, um magnífico poema saudosista onde o simbolismo reina e se projecta ao mais alto nível e que vai culminar na última cena, não apenas pela qualidade da escrita como pela coerência da acção.