Ana Barradas
Biografia
Tradutora e jornalista, Ana Barradas nasceu em Moçambique. Foi redactora da revista Política Operária e dirige a editora Ela por Ela.
É autora de várias obras, entre as quais Ministros da Noite, Dicionário Incompleto de Mulheres Rebeldes, O Império a Preto e Branco e As Clandestinas. Traduziu para a Antígona diversos títulos, nomeadamente de Jack London, George Orwell e Noam Chomsky.
É autora de várias obras, entre as quais Ministros da Noite, Dicionário Incompleto de Mulheres Rebeldes, O Império a Preto e Branco e As Clandestinas. Traduziu para a Antígona diversos títulos, nomeadamente de Jack London, George Orwell e Noam Chomsky.
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Ministros da Noite
"Ministros da Noite, como cães esfaimados, toda a prata do mundo os não poderá fartar."
Fernão Mendes Pinto
Obra de indiscutível actualidade em tempos de racismo estrutural - impossível de tapar como o sol com uma peneira -, visível na violência policial, em artigos de jornal e em ideias peregrinas como a construção de museus que celebram as descobertas, Ministros da Noite - Livro Negro da Expansão Portuguesa (1991) chega à sua quarta edição, com um novo prefácio de Ana Barradas. Esta colectânea de textos recolhidos em cinco séculos de historiografia nacional é uma tentativa de desmontagem do discurso colonial que tem acomodado a nossa cultura ao nacionalismo e à xenofobia. Um discurso hoje modernizado, envolto nas roupagens envernizadas do neoliberalismo, servido de bandeja com a grandiloquência própria de um regime de novos-ricos, prosaico herdeiro da comemorativite aguda reavivada pelo fascismo dos anos 30. Dando um panorama de amplo fôlego - da escravização dos africanos ao genocídio dos povos indígenas, das viagens marítimas à guerra colonial - e um testemunho da história desprezada que foi a resistência ao expansionismo português, este livro reconhece sem peias o logro da excepção do colonialismo nacional, revelando o avesso dos triunfos civilizadores e da gesta heróica dos ousados navegadores que a bafienta propaganda alardeava, com ecos nas gerações de hoje.
Fernão Mendes Pinto
Obra de indiscutível actualidade em tempos de racismo estrutural - impossível de tapar como o sol com uma peneira -, visível na violência policial, em artigos de jornal e em ideias peregrinas como a construção de museus que celebram as descobertas, Ministros da Noite - Livro Negro da Expansão Portuguesa (1991) chega à sua quarta edição, com um novo prefácio de Ana Barradas. Esta colectânea de textos recolhidos em cinco séculos de historiografia nacional é uma tentativa de desmontagem do discurso colonial que tem acomodado a nossa cultura ao nacionalismo e à xenofobia. Um discurso hoje modernizado, envolto nas roupagens envernizadas do neoliberalismo, servido de bandeja com a grandiloquência própria de um regime de novos-ricos, prosaico herdeiro da comemorativite aguda reavivada pelo fascismo dos anos 30. Dando um panorama de amplo fôlego - da escravização dos africanos ao genocídio dos povos indígenas, das viagens marítimas à guerra colonial - e um testemunho da história desprezada que foi a resistência ao expansionismo português, este livro reconhece sem peias o logro da excepção do colonialismo nacional, revelando o avesso dos triunfos civilizadores e da gesta heróica dos ousados navegadores que a bafienta propaganda alardeava, com ecos nas gerações de hoje.