Alexandre Soljenitsyne
Biografia
Escritor russo, Alexandre Soljenitsyne nasceu em Kislovodsk, no Cáucaso, a 11 de Novembro de 1918. O pai morreu na guerra, antes do seu nascimento. Aos seis anos, mudou-se com a mãe para Rostov, onde viria a estudar Matemática. Participou na Segunda Guerra Mundial, sendo várias vezes condecorado. Uma carta dirigida a um amigo, em que expressa as suas opiniões sobre Estaline, levou-o à prisão, tendo sido condenado a trabalhos forçados. Em 1962 publicou Um Dia na Vida de Ivan Denissovitch, um depoimento sobre o sistema prisional. O Primeiro Círculo e O Pavilhão dos Cancerosos, editados em 1968 no estrangeiro, trouxeram-lhe o reconhecimento internacional. Agosto 14 corresponde ao início de uma vasta obra de natureza histórica. Em 1970 foi-lhe atribuído o Prémio Nobel da Literatura, mas receando que lhe interditassem o retorno ao país, não foi recebê-lo a Estocolmo. Pouco depois da publicação de O Arquipélago de Gulag em Paris, em 1974, foi preso, julgado por traição e, finalmente, condenado ao exílio. Instalou-se nos Estados Unidos, prosseguindo a sua obra literária e procurando reunir os dissidentes na sua luta contra o sistema vigente na URSS. Em Setembro de 1991 foi por fim ilibado da acusação de traição pelo governo soviético e, em Julho de 1994, voltou à Rússia.
Escritor de inspiração católica, a libertação interior do homem é o tema central da sua obra e a razão da sua luta.
Faleceu a 3 de Agosto de 2008, em Moscovo, aos 89 anos.
Escritor de inspiração católica, a libertação interior do homem é o tema central da sua obra e a razão da sua luta.
Faleceu a 3 de Agosto de 2008, em Moscovo, aos 89 anos.
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O Declínio da Coragem
A 8 de Junho de 1978 A. Soljenitsyne dizia aos estudantes da Universidade de Harvard: "Não, eu não posso recomendar a vossa sociedade como ideal para a transformação da nossa."
(...)
"Puzemos demasiadas esperanças nas transformações politico-sociais e notamos que nos tiraram o que tínhamos de mais precioso: a nossa vida interior. A Leste, é a feira do Partido que a calca aos pés, a Oeste, a feira do Comércio: e o que mais apavora nem é o facto dos principais pedaços estarem atingidos por uma doença análoga."
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"Puzemos demasiadas esperanças nas transformações politico-sociais e notamos que nos tiraram o que tínhamos de mais precioso: a nossa vida interior. A Leste, é a feira do Partido que a calca aos pés, a Oeste, a feira do Comércio: e o que mais apavora nem é o facto dos principais pedaços estarem atingidos por uma doença análoga."