Vardø - Depois da Tempestade
de Kiran Millwood Hargrave
Sobre o livro
Uma tempestade mortal.
Uma povoação sem homens.
Uma implacável caça às bruxas.
Na véspera de Natal de 1617, Maren encontra-se junto à costa da remota ilha de Vardø, na Noruega, quando vê uma tempestade repentina e destruidora formar-se no mar. Quarenta pescadores, incluindo o irmão e o pai, morrem afogados. Dias mais tarde, o mar devolve os seus corpos. Com a população masculina dizimada, as mulheres de Vardø dedicam-se a trabalhar para subsistir por si próprias.
Dezoito meses depois, o escocês Absalom Cornet é convocado para assumir o controlo da ilha e livrá-la de supostas práticas de bruxaria. Esta figura sinistra traz consigo a mulher, Ursula, uma jovem norueguesa que se sente tão orgulhosa quanto aterrorizada pela autoridade do marido. Em Vardø, Ursula encontra algo que nunca havia visto antes: mulheres independentes. Absalom, porém, vê apenas um lugar enfeitiçado e intocado por Deus.
Maren e Ursula criam uma ligação que se vai estreitando cada vez mais, mas, à medida que o domínio férreo de Absalom aumenta, a ilha começa a sufocá-las. E a própria existência de Vardø é ameaçada, pois Absalom está determinado a erradicar o mal daquele lugar a qualquer custo…
Um livro com um enredo absolutamente cativante inspirado nos eventos reais da tempestade de Vardø, na Noruega, e na caça às bruxas dessa localidade e subsequentes julgamentos do ano 1621.
The New York Times
Nesta obra a autora convida-nos a um passeio pelo tempo, neste caso século XVII, e pelo espaço, enviando-nos para o extremo norte da atual Noruega, o local onde o frio é constante. História real, de caça às bruxas, numa minúscula localidade com o nome de Vardo, habitada na maioria por mulheres porque os homens foram engolidos pelo oceano num terrível desastre coletivo. Assim, temos ocasião de verificar como as mulheres eram encaradas e tratadas numa época em que o homem dominava. Muito bem escrita, mais do que a história da forma como as autoridades tentam resolver a “sinistra” prática da bruxaria, enquanto o vamos lendo seria importante refletirmos sobre o que hoje a todos preocupa, a igualdade de género, sendo tão óbvia, nem precisava de ser discutida.