Teatro Reunido II
de Teresa Rita Lopes
Sobre o livro
Fazer teatro é uma maneira de cumprir esse instinto do jogo com que todas as pessoas nascem. Sempre houve, de facto, em mim, a convicção - cada vez mais funda - de que na vida tudo é um faz-de-conta: brincamos a ser nós, a ser o outro, a ser o outro em nós, a sermos nós no outro... Brincamos a ser bichos à solta, sem obrigações (ilusão! e as do instinto...?), brincamos a ter obrigações, brincamos a ser necessários aos outros, às vezes até à humanidade - e é preciso muito sentido lúdico para não levarmos demasiado a sério nessa convicção fatal...
O teatro encenou desde sempre essa condição do homem de já nascer condenado ao sacrifício do sofrimento e da morte.
E talvez que esse brincar a viver, como se fosse dono da sua vida e do seu destino, seja a única redenção possível.
Este Teatro Reunido arrecada peças de uma vida em que todas as personagens, cada uma à sua maneira, brincam à vida, cada vez mais independentes de qualquer intriga. As peças recentes anulam as fronteiras que, convencionalmente, separam os géneros: amam também ser narrativa e poesia - contar e cantar. Integram um «teatro modular» assim chamado porque funcionam como módulos com que o encenador poderá construir o espectáculo que lhe aprouver.
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