O Prémio Nobel de Literatura 2005 foi atribuído a Harold Pinter.
Ao anunciar o prémio, a Academia Sueca referiu-se a Pinter como "o maior representante do teatro dramático inglês da segunda metade do século XX" e elogiou-o pelo carácter das suas peças, que refletem sobre as futilidades do dia-a-dia e levam o espectador a experimentar o sentimento de opressão gerado pela falta de sentido da vida.
A Academia considera que Pinter terá, desta forma, contribuído para devolver ao teatro a sua essência: espaços fechados, diálogos imprevisíveis e personagens - à mercê umas das outras - cujas máscaras vão caindo.
Harold Pinter nasceu a 10 de outubro de 1930, em Londres. Com apenas 9 anos foi forçado a abandonar a cidade durante os bombardeamentos da Segunda Guerra Mundial, experiência que o marcou profundamente. Começou a sua carreira como ator e escreveu a sua primeira peça em 1957. Produziu, igualmente, guiões para cinema e televisão e destacou-se como acérrimo defensor dos direitos do Homem. De entre os muitos prémios que lhe foram atribuídos destacam-se:
- 1955 - David Cohen British Literature Prize, atribuído pelo percurso de vida dedicado, com sucesso, à literatura;
-1996 - Laurence Olivier Award pela obra dedicada ao teatro;
- 2002 - Companion of Honour pelos serviços prestados em prol da literatura;
- 2005 - Wilfred Owen Award for Poetry.
O dramaturgo, de 75 anos, tem alguma da sua extensa obra traduzida para português, nomeadamente: "Teatro I" e "Teatro II" (pela Relógio d'Água) "Guerra" (Quasi Edições) e "Conferência de Imprensa e Outras Aldrabices" (Cotovia).(...)