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Sobre o livro
Este livro reúne vários trabalhos inspirados nos contributos sociológicos de Bernard Lahire, nomeadamente no que se refere à análise da pluralidade disposicional e contextual que, estando na base da acção, requer novos utensílios teóricos e metodológicos para a sua compreensão, bem como um renovado olhar sobre o processo de socialização, cada vez mais alicerçado em agentes múltiplos e agentes contraditórios. Como pensar sociologicamente a diversidade e a complexidade das práticas e dos seus protagonistas em recentes pesquisas empíricas realizadas em Portugal, eis o mote para um livro que não deixará indiferentes sociólogos, antropólogos, psicólogos e historiadores. Ana Caetano analisa a reflexividade do actor plural; Isabel Cruz reflecte sobre práticas e estruturas de consumo; Pedro Bóia apresenta o retrato sociológico de uma mulher clubber; Sandra Coelho estuda os activismos do comércio justo e Ana Filipa Rodrigues e Tânia Leão traçam uma panorâmica das práticas culturais dos estudantes do ensino superior. Perpassa por todos estes trabalhos uma preocupação sobre a incorporação de disposições tensas e contraditórias, que originam, nos caminhos da vida, momentos de encruzilhada, bifurcação, hesitação e dúvida. O actor social não se ajusta mecanicamente às posições e situações sociais, antes selecciona, adapta, traduz.