Os Cavaleiros
de Aristófanes
Sobre o livro
Denunciar a corrupção que se instaurou na política ateniense, os seus segredos e o seu êxito, eis o que preocupava, acima de tudo, o autor. Discursos, mentiras, falsas promessas, corrupção e condenáveis ambições são apenas algumas das 'virtudes' denunciadas, numa peça vibrante de ritmo que cativou o público ateniense da época e que cativa o público do nosso tempo, talvez porque afinal não tenha havido grandes mudanças na vida da sociedade humana. Uma tradução do Grego, introdução e notas de Maria de Fátima Silva (Univ. de Coimbra).
Na carreira de um jovem poeta, como o era em 424 a. C. o ateniense Aristófanes, os Cavaleiros significaram um momento de arrojo: aquele em que a comédia apontava um dedo firme contra o mais popular dos políticos do momento - o Cléon dos curtumes - e, através dele, contra toda uma classe de demagogos nova vaga. Discursos, mentiras, falsas promessas, corrupção e condenáveis ambições são apenas algumas das 'virtudes' denunciadas, numa peça vibrante de ritmo que cativou o público ateniense do momento e valeu ao poeta honras de um primeiro prémio. Em torno do mesmo texto, plateias modernas continuam ainda, um pouco por todo o planeta, a mobilizar-se em naturais aplausos, talvez porque afinal nada mudou tão profundamente na vida da sociedade humana.