O Som das Cores
de Jimmy Liao
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Sobre o livro
No dia em que cumpre quinze anos, uma adolescente praticamente cega decide aventurar-se no metro de uma grande cidade. Guiada pelos seus sentidos e pelo seu imaginário deambula de estação em estação, vivendo desta forma também uma viagem interior que a levará a nadar com os golfinhos, a colher maçãs
ou a bronzear-se nas costas de uma baleia…
Os seus pensamentos, entre o sonho e a realidade, evocam, tal como Jimmy Liao já nos habituou, a solidão, a perda, mas sobretudo a esperança.
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Detalhes do produto
O Som das Cores
ISBN:
9789897491191
Ano de edição:
10-2019
Editor:
Kalandraka
Idioma:
Português
Dimensões:
206 x 241 x 11 mm
Encadernação:
Capa mole
Páginas:
128
Tipo de Produto:
Livro
Classificação Temática:
Incursão onírica pela imaginação de uma menina cega que, através dos sons da cidade, busca incessantemente transcender limitações, solidão e tristeza, construindo uma versão singular da realidade. Num universo fantasioso em constante desdobramento, o leitor viaja entre escadarias labirínticas, vassouras voadoras no meio de vendavais, um comboio-aquário, um soldadinho de chumbo gigante, janelas que dão acesso a números circenses, um céu assustador e recheado de possibilidades, frascos luminosos que conservam esperança e que voam pelo ar, a cabeça de uma baleia cachalote que emerge da água para se transformar numa ilha sobre a qual a menina contempla o sol. Tudo realçado pelas cores: num momento elas explodem na nossa visão, ao virar da página logo nos apaziguam. Trata-se de um livro menos infantil do autor, que mais maturidade exigirá. Pela linguagem, mas, sobretudo, pela carga melancólica mais densa. Não é por acaso que encerra, como nota, com um poema de Rainer Maria Rilke. Continua, no entanto, a ser mais uma viagem mágica pela palete de cores infinitas de Jimmy Liao, que estimula a nossa imaginação e que, mesmo em contextos adversos, é capaz de quebrar as barreiras da realidade sisuda e burocrática. Até mesmo a nós, adultos, confere a capacidade de tirarmos os olhos do concreto do chão e de deixarmos a visão tendencialmente cinzenta sobre os cenários do dia-a-dia, para levantarmos a cabeça e vislumbrarmos o que nos rodeia: outras cores, tons, contrastes, formas, detalhes, encontrando assim o prazer e a beleza em pequenas coisas, às quais, por um olhar habitualmente destreinado e preguiçoso, só costumamos oferecer indiferença.