Vilalba, Lugo, 1947.
Licenciado em Ciências da Educação.
Diplomado em Língua Galega.
Adora que lhe contem histórias. De viva voz, através das páginas de um livro, na penumbra das salas de cinema e dos teatros ou no brilho frio de um qualquer ecrã. Afirma que desde a sua infância na Galiza do pós-guerra, os livros tiveram uma presença decisiva no seu percurso. Aplica à sua vida, o que Álvaro Cunqueiro escreveu naquela época: «Como quem bebe água, o homem precisa de beber sonhos.»
Tinha 28 anos quando Franco morreu. Deste modo, grande parte da sua vida foi marcada pela ditadura. Tal como todas as pessoas da sua geração, afirma que chegou sempre tarde a todo o lado: aos livros que deveria ter lido, aos filmes que marcaram muitos daqueles anos... Talvez por isso existam coisas na vida que aprecia de maneira espacial: a liberdade, a memória, os livros, o cinema...
Agustín acredita que as palavras possuem a força necessária para mudar o mundo e pensa que os livros são imprescindíveis para nos ajudar a sonhar e a viver. Prefere ler o que os outros escrevem, mas também gosta de inventar histórias e contá-las através da escrita. Na sua vasta obra, escrita em galego, largamente premiada e em grande parte traduzida para outras línguas, salientam-se títulos como "Corredores de Sombra", "Aire Negro", "Noite de Voraces Sombras", "Cuentos por palavras", "Cartas de Inverno", "O Centro do Labirinto", "O Laboratório do Doutor Nogueira", a novela juvenil "Rapazas", etc. - os quatro últimos já publicados em Portugal.
"Só Resta o Amor" é o seu livro mais recente. Com ele a literatura galega toma lugar nas Edições Nelson de Matos. Uma literatura fascinante numa língua irmã.(...)