O Império Asiático Português 1500-1700

Continua a ser um paradoxo da História Moderna que Portugal, uma pequena nação com cerca de um milhão de habitantes, tenha construído um império mundial entre os séculos XV e XVII, cuja presença em África durou até à decada de 70. Para explicar este paradoxo, Sanjay Subrahmanyam analisa a vertente asiática e leste-africana do império português, conjugando nesta abordagem, a história da Europa com a da Ásia e de África.
A obra é pioneira sob dois pontos de vista: ao considerar o império português, ao contrário de muitos autores, como não estruturalmente estático, após as grandes conquistas de Afonso de Albuquerque e ao salientar que o avanço dos portugueses (e o seu declínio) deve ser encarado como parte da história asiática e não como algo que se lhe sobrepôs.
O resultado é uma grande obra, uma contribuição importante tanto para a História Asiática Moderna como para o estudo da Expansão Europeia, reconhecida pela Comissão Nacional dos Descobrimentos, ao distingui-la com o Prémio D. João de Castro - 1994, como a melhor obra de autor estrangeiro sobre os Descobrimentos e a Expansão Europeia.