O Futuro da Representação Política Democrática
de André Freire
Sobre o livro
Esta é uma época paradoxal. Por um lado, desde a terceira vaga de democratização à escala mundial, que começou com o 25 de Abril de 1974, temos hoje provavelmente o maior número de sempre de democracias no mundo. Porém, por outro lado, «avolumam-se vários sinais de crise nos regimes democráticos representativos (…), nomeadamente, ao nível do núcleo duro destes regimes no Ocidente.» Há a clara e firme perceção (…) «de que estamos numa fase de transição para algo diferente. Todavia, há uma grande indefinição sobre o perfil dos novos regimes que resultarão desta transição (…).» «Os diferentes capítulos do livro apresentam sempre evoluções prováveis, mais ou menos positivas (e mais ou menos desejáveis do ponto de vista normativo), consoante os cenários traçados, embora pudéssemos descrever cada um dos estudos segundo uma tónica dominante mais otimista ou mais cética, quer quanto às tendências atuais, quer quanto às perspetivas futuras (…).» «Há, porém, pelo menos um forte traço de união entre os vários capítulos: (…) em estudo algum, perpassa a ideia de que não há alternativas mais democráticas face ao status quo, rejeitando-se assim sempre a ideia de ‘não há alternativa’ em prol da ideia cara aos ativistas e teóricos alter-mundialistas de que ‘outro mundo é possível’.»