O Esplendor de Portugal
de António Lobo Antunes
Sobre o livro
¿«(...) porque não entendemos Angola mesmo tendo nascido em Angola, não a terra, a variedade de cheiros, a alternância de cacimbo e de chuva, de submissão e fúria, de preguiça e violência, Angola, este presente sem passado e sem futuro em que o passado e o futuro se incluem desprovidos de qualquer relação com as horas, os dias, os anos, a medida aleatória dos calendários, quando o único calendário é a chegada e a partida dos gansos selvagens e a permanência das águias crucificadas nas nuvens».
E é nesta incompreensão martirizante e permanente que se encontra mergulhado O Esplendor de Portugal, última obra de António Lobo Antunes, cujo conteúdo nos lembra a inglória dos nossos egrégios avós no que toca ao colonialismo português, nódoa que de alguma forma denigre a história da nação e contrasta com a abertura do livro que é a transcrição do hino nacional.