Sobre o livro
Nas entrevistas que fiz, muitas delas na Ilha de Moçambique, procurei que me falassem principalmente das outras coisas. Dos cheiros, das cores, das gentes. Mas também da guerra, do medo e da morte. Todos aceitaram, com mais ou menos vontade. São conversas que nunca esquecerei. Que não poderei esquecer.
Esta viagem começa junto a um rio, não muito longe de Maputo. Começa com um menino que lança barcos de cana à água e com um exercício de imaginação. Os portugueses vão nesse barco, incapazes de luta contra a corrente, ao encontro de Moçambique. Resta-lhes partir. O convite que lhe faço é que os acompanhe.