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Sobre o livro
Estamos perante um autor que sabe quais as coordenadas do tenebroso sistema cultural português no qual Camões é conhecido pelo olho perdido, Bocage pelas anedotas e Bulhão Pato pelas amêijoas. Aqui perto de nós, a Rua Cláudio Nunes celebra um autor que na sua época era mais conhecido do que Cesário Verde. No entanto quem ficou na posteridade relativa foi o homem da loja de ferragens da Rua dos Fanqueiros e não o jornalista que tinha o nome todos os dias nos jornais desse tempo. E por falar em tempo. Exemplar do que é o nosso tempo é o poema da página 61 quando o Cidadão entra em diálogo com a Pessoa notada: «Falou muito bem mas não me lembro de quê» diz o primeiro ao segundo.