Adolf Hitler foi um monstro. O Führer, ditador do Reich alemão, matou 6 milhões de judeus no Holocausto, um dos maiores genocídios de sempre, e ainda 2,5 milhões de prisioneiros soviéticos, 2 milhões de polacos, 400 mil sérvios, 270 mil deficientes, 100 mil ciganos, 10 mil homossexuais, 7 mil republicanos espanhóis, 5 mil testemunhas de Jeová e 3 mil padres católicos. Nasceu na Áustria, em 1889, filho de um funcionário aduaneiro de 52 anos e de uma jovem camponesa. Ressentido, tímido, instável e preguiçoso, amava a mãe, mas era hostil à figura autoritária do pai. Estudou em Linz e decidiu ir para Viena em busca do seu sonho: queria ser pintor. Contudo, chumbou na admissão às Belas-Artes e ficou a morar em albergues para vencidos da vida, às vezes na rua. Viena era, para Hitler, a decadente cidade do incesto e, pior, a cidade dos judeus e dos comunistas. Despojado de toda a compaixão, começou a alimentar obsessões salvíficas, elegendo o homem ariano como a única raça fundadora de cultura e civilização. Hitler não gostava de trabalhar. Salvou-se da mendicidade com a tropa. Foi para a Alemanha em 1913 e voluntariou-se para combater na I Guerra Mundial. Juntou-se ao Partido Alemão dos Trabalhadores, precursor do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, em 1919, e tornou-se seu líder em 1921. Em Munique, tentou tomar o poder com um golpe de Estado. Acabou na prisão, onde ditou o Mein Kampf (A Minha Luta), a sua autobiografia e manifesto político. Em 1933, um ano depois de se ter naturalizado alemão, tornou-se chanceler do país que o adotou – e que conduziu à II Guerra Mundial. Perante a iminência da derrota, suicidou-se em 1945.(...)