Máquinas Como Eu
de Ian McEwan
Grátis
Sobre o livro
Máquinas Como Eu decorre numa Londres alternativa nos anos 1980.
Charlie, à deriva na vida e esquivando-se de um emprego a tempo inteiro, está apaixonado por Miranda, uma aluna brilhante que vive com um segredo terrível.
Quando Charlie herda uma pequena fortuna, compra Adam, um exemplar do primeiro lote de seres humanos sintéticos.
Com a ajuda de Miranda, constrói a personalidade de Adam. O quase-humano é belo, forte e inteligente… e depressa se forma um triângulo amoroso.
Estes três seres confrontar-se-ão com um dilema moral profundo e os amantes serão postos à prova para além do seu próprio entendimento.
Este romance subversivo e divertido de Ian McEwan coloca questões fundamentais:
O que nos torna humanos?
Os nossos actos, exteriores, ou as nossas vidas interiores? Pode uma máquina entender um coração humano?
Uma história empolgante e provocadora que nos alerta para o perigo de criarmos coisas que escapam ao nosso controlo.
Ian McEwan apresenta-nos de forma inteligente, como há muito já nos habituou, uma história muito bem contada sobre os "perigos" da inteligência artificial. Será um robot capaz de ter sentimentos e amar tal e qual um ser humano? Isso não o tornará mais apto para enfrentar um futuro cada vez mais informatizado? Para ler e refletir...
O novo romance de Ian McEwan, “Máquinas como eu”, é uma tríade: Charlie, o nosso narrador; Miranda, a namorada; e Adam, o robot pessoal, de longe, o mais interessante dos três. Situado num mundo alternativo dos anos 1980 em Londres, Charlie é um daqueles indivíduos que nunca serão bem-sucedidos. É um livro inteligente, pensativo, e divertido. Mas, vindo de um romancista do calibre de McEwan, e tendo em conta o conteúdo aqui abordado, material que tem sido vezes sem conta trabalhado e usado, é decepcionante. Embora existam robots, não se parece com ficção científica; é um Ian McEwan habitual: segredos explosivos, relacionamentos distorcidos, mentiras e ocultações que levam a crises, e assim por diante. É perfeitamente legível, como seria de esperar deste autor mas não se destaca. Nem entre os lançamentos do ano, nem na obra de McEwan, e nem tão pouco nas explorações literárias sobre inteligência artificial. É quase como um ciborgue: a pele é perfeita, mas quando se olha abaixo da superfície, não tem alma.
Ian McEwan é um dos poucos autores a quem não resisto sempre que sai um livro novo. E mais uma vez originalidade, tema polémico e atualidade estão lá! A relação entre um homem, uma mulher e um robot dão o mote a esta intrigante história que fará levantar algumas questões e, quem sabe, questionar sobre o futuro próximo...
A temática é o ponto forte de "Máquinas como Eu" e as questões lançadas são bastante interessantes e alimentam a vontade de continuar a ler. "O que nos faz humanos?" É a questão principal deste passado alternativo e será provavelmente a questão do nosso futuro próximo. Apesar de alguns momentos mais maçudos e outros momentos que estão simplesmente a mais nesta obra, acaba por ser uma leitura para fazer pensar.