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Sobre o livro
Neste roteiro de Lisboa Oriental, os lugares vão-se revelando nas frestas da mudança. Numa espécie de cronologia invertida viajamos do tempo presente — tanto quanto é possível fixar em livro o presente volátil e irrequieto desta zona da cidade — ao tempo mais recuado, tão recuado que até a margem do Tejo era outra.
Casas senhoriais à beira de cais, já sem rio, que depois foram fábricas e depois nada, e depois tudo outra vez, fervilhantes de vida nova; conventos que depois foram habitações operárias, e depois bares e discotecas; quintas e azinhagas que depois foram hortas e depois foram parques...
Lisboa Oriental evidencia, como poucas áreas da cidade, uma coexistência de memórias, uma diversidade de tempos. É um palimpsesto que convida à descoberta. E conhecer é amar. Pelo menos no que aos lugares diz respeito.
Para este roteiro, tomámos como referência o território que vai de Santa Apolónia ao Parque das Nações, cruzando as freguesias de São Vicente, Penha de França, Beato e Marvila, e demos as boas vindas às incursões dos autores por territórios contíguos, aonde os levaram continuidades e relações.