Injecção de Drogas, Comportamento Sexual e Risco de VIH
de Jorge Negreiros
Sobre o livro
O advento da SIDA e da infecção VIH representam um dos mais sérios problemas de saúde pública com que as sociedades actualmente se confrontam. Os dados mais recentes indicam que Portugal regista taxas de novos diagnósticos com VIH superiores às dos restantes países da Europa Ocidental (UNAIDS, 2004). O relatório sobre a doença elaborado pela agência das Nações Unidas Contra a Sida, refere ainda que o consumo de drogas está na base de cerca de 50% dos diagnósticos realizados em 2002. Acresce que estavam notificados, no território nacional, até ao segundo semestre de 2005, 28 370 casos de infecção VIH/SIDA; 46,1% destes casos referem-se a indivíduos que consomem drogas por via injectada (CVE-DT, 2006). O vírus da imunodeficiência (VIH) que provoca o síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA) pode ser transmitido a partir de quatro tipos de vias de transmissão fundamentais, as quais remetem para os principais comportamentos de risco: 1) através dos comportamentos sexuais; 2) pela manipulação de sangue e hemoderivados; 3) através do consumo de drogas injectáveis; 4) transmissão peri-natal, da mãe para o filho, especialmente se durante a gestação e no parto não forem tomadas as medidas e o acompanhamento necessários.