Grátis
Sobre o livro
«Deparei-me com o projeto de design gráfico global para a Editora Colibri; constituído por dois universos em relação, por um lado o desenvolvimento da identidade visual da própria organização empresarial (editora, artes gráficas, livraria), por outro lado a construção de uma coerência editorial, na definição de um panorama visual para o design gráfico das várias coleções da casa editorial em epígrafe. De um modo extremamente meticuloso, Raquel Gil Ferreira definiu a linha gráfica da editora criando uma clara fonteira entre capas de grande sobriedade, elegância, e capas mais expansivas na sua interpretação dos conteúdos. Contudo, o que ressalta claramente é continuidade, que ainda assim é percetível no conjunto, um aspeto difícil de atingir, que aqui se apresenta de modo exemplar, assumindo de modo cristalino o papel do designer gráfico enquanto mediador.»
Jorge dos Reis
«O tempo de aprendizagem, e já contamos com mais de 30 anos nesta caminhada, foi tornando evidente a necessidade de uma linha gráfica atraente e identificativa dos nossos livros. Linha esta que, a par dos conteúdos literários e/ou científicos, pudesse e possa distinguir esta Editora. (...) Neste sentido, a Raquel Ferreira, pela sua criatividade, dedicação e imbuída deste mesmo espírito, tem contribuído superiormente para a afirmação desta identidade.»
Fernando Mão de Ferro
«Talvez o fazer do designer se aproxime desta existência - do fazer surgir, pelos meios do ofício, uma ideia que o pensamento, pelos seus próprios meios não poderia formar. (...) A arte é uma maneira de realizar, não uma maneira de pensar. E decerto não existe obra sem projeto, mas o que na obra é obra de arte depende apenas da execução e só na execução se revela. E, talvez por isso, o design das capas que a Raquel Ferreira faz, me deixe sem palavras. Aquelas palavras do fazer ver o que está para além do visível, o não dizível, o que é transcendente, e que no plano - capa e contracapa, lombada e badanas - se faz corpo. (...) É preciso rodar o livro, ou rodarmos em torno dele (particularidade comum à escultura), exatamente porque há uma unidade, uma continuidade narrativa em que o mistério só será revelado com a visão do todo.»
Sónia Rafael