Hilus
de Maria Adelina Amorim
Sobre o livro
É um livro-vulcão, um livro-força diante da fractura (histórica) da vida. Há passagens que são escavadas a fogo pela linguagem da poeta-historiadora: aqui há a carne do nome-esfinge, MAA...
«o sémen da argila
... a zagaia do rosto adormecido
... a carcaça do nome
... a palavra ardida de silêncios
... o choro da gaivota no peitoril
... onde tudo começou
antes da detonação das estrelas e do grande silêncio
... as mulheres dos escombros
... na mão fechada, o colar de lápis-lazuli»
É um livro voraz do tempo. Há algo novo nesta escrita.
A poeta-historiadora ergue a chama cintilante do poema.
Hilus, um livro vulcão-argila-viva.