Guia dos Compostos Orgânicos e Bioquímicos
Estruturas e nomenclatura
Livro 1
de Luís da Silva Campos
Sobre o livro
Estruturas e nomenclatura, desde os compostos orgânicos simples às enzimas e outros. Um contributo fundamental para a comunicação e normalização da nomenclatura da Química Orgânica
As recomendações das Comissões de Nomenclatura da IUPAC como da IUB, ou das comissões conjuntas, vão sempre e insistentemente no sentido que, em cada país, a nomenclatura seguida o seja em conformidade com a aprovada oficialmente, mesmo quando esta não pareça a mais adequada (sob o ponto de vista linguístico, entenda-se) aos químicos desse país; e de que, nas adaptações que sejam indispensáveis, se tente reduzir ao mínimo as alterações que respeitem à construção de nomes, abreviaturas, uso de itálico, etc.
O facto, porém, é que entre nós as próprias regras-bases de 1957 são constantemente contrariadas, confundidas ou deturpadas no que se refere a aspectos fundamentais, como sejam a colocação dos algarismo de posição e a ordem dos prefixos respeitantes a substituintes (neste último caso, por geralmente se desconhecer que as próprias regras IUPAC admitem dois critérios). E, de tanto serem contrariadas, mal interpretadas ou até (eventualmente) respeitadas, o que resulta e... a confusão.
Bem basta quando as regras e recomendações existentes não resolvem esclarecidamente determinado caso (e até, por vezes, não coincidem ou mesmo se contradizem); mas, aí, que se retenha e siga, sem hesitações exageradas, o princípio fundamental de que, existindo vários nomes possíveis lógicos e correctos, se utilize um que defina sem ambiguidade a estrutura. Isto é, um nome deve conduzir a uma única estrutura mas, por vezes, a essa estrutura pode corresponder mais do que um nome.