Grita-Ria
Amor, desamor e dor de corno
de Lucinda Loureiro
Sobre o livro
Alguém me disse: Por que não volta a escrever Lucinda? Olhe, escreva sobre o medo. Assim fiz. E depois fui buscar os papelinhos, os blocos, as pastas em arquivo no computador e recomecei a escrever. Aqui estão reunidos alguns dos poemas escritos entre 1979 e 2019. Esta é a minha voz mais sofrida, mais intensa, mais crua. Escrevo sem filtros sobre o que me dói, o que me indigna, sobre a paixão, o amor, sobre a saudade e a morte.
(...)
Vou-me vestindo de palavras.
Palavras à solta,
De rédeas curtas.
Recuso as esporas, as farpas,
Os trajes de luzes e os ferretes.
Leio-me nos versos soltos, sem edição,
Sem filtros ou construção.
Não conheço regras, nem métricas.
Vou-me despindo com palavras,
Em possíveis poemas ou não.