Gasolina
de Quim Monzo
Grátis
Sobre o livro
Sobre um pano de fundo de uma Nova Iorque desfocada e abstracta, gasolina começa com uma sucessão de rajadas da vida de Heribert, um pintor que se encontra no cume de uma fama conquistada a pulso. Vamos encontrá-lo, num primeiro de Janeiro, entre os lençóis da cama da sua amante, com a vaga impressão de que, para além da mudança de ano, mudou também o olhar com que observa o mundo: os objectos que o rodeiam surgem-lhe cada vez mais distantes e injustificáveis, quanto mais distante e sem justificação se comporta ele próprio.
Pela primeira vez na vida perde a vontade de pintar. Aborrecido, dorme enquanto faz amor. Como um fantasma passeia-se por cocktails e parties - entre os sorrisos e palmadinhas nas costas de pintores e marchands -, descobre que Helena - que é ao mesmo tempo sua mulher e sua galerista - o engana com um pintor novato, e encontra-se desarmado na hora de seduzir uma adolescente (e é ela que o seduz a ele, que, apático se deixa seduzir). Entretanto…
World Literature Today
«Monzó não deixa de ter ideias novas, de inventor novas situações, de nos fintar, de nos divertir.»
La Quinzaine Littéraire
«Um escritor talentoso, enquadra-se bem na riquíssima tradição surrealista espanhola para deliberadamente colocar um paranóico sentido de ameaça no aparentemente mundano dia-a-dia, mantendo uma qualidade lírica e visionária à sua imaginação.»
The New York Times
«Como Nabokov, Monzó tem o virtuosismo que lhe permite e jogar desesperadamente com as palavras e utiliza o ferrão de dor que perfura a máscara do seu humor mais irreverente.»
Le Monde