Escolha Mútua - Julio & João Jacinto

«É conhecida a irónica exclamação que Mark Rothko teria feito a propósito de Turner, segundo a qual este lhe deveria muito. Também neste caso se poderia dizer que Julio muito deve a Jacinto. Não porque o segundo o antecedeu, ou o ensinou, bem pelo contrário, mas justamente porque a sua presença conjunta vem de súbito esclarecer, e mesmo pôr à vista de um modo absolutamente exemplar, muita da extraordinária inteligência plástica e estética do primeiro. Jacinto vem demonstrar quão actual é Julio e como na sua obra repercutia já um sentido da arte que a sua obra agora actualiza e torna mais evidente aos nossos olhos, revelando a sua potência: Jacinto torna evidente a potência de Julio.»
Bernardo Pinto de Almeida

«Se numa primeira abordagem nos poderia parecer quase inusitado encontrar uma proximidade entre o modernista Julio e o contemporâneo João Jacinto, a verdade é que, quando colocadas lado a lado, as obras de ambos sugerem um conjunto de pontos de convergência e possíveis diálogos, seja através dos autorretratos, das naturezas, dos interiores ou da figura feminina.»
Vítor Costa