Sobre o livro
Numa análise diferenciadora e alargada, desde a saúde mental, à filosofia, à psicologia, à biologia, até à antropologia e políticas sociais, este ensaio foge do óbvio e da ideia simplificada e idealizada que normalmente fazemos da felicidade. O que este livro tentou dizer a cada um é que há um ritmo em tudo. Cada leitor tem o seu ritmo, cada pessoa tem de despertar a sua atenção para essa voz e para o seu corpo, perceber como se dança equilibradamente na extensão da vida e na comunhão com os outros e consigo mesmo. (…) É preciso pensar que viver implica transformar o desgosto que todos sentimos - no desprazer que nos acerca e nos interpela por que somos humanos - no gosto e no prazer profundo e autêntico de estarmos e sabermos experimentar os dons da vida que uma importante escritora portuguesa do século XX, Maria Gabriela Llansol, disse serem: o conhecimento, a abundância, o prazer de existir e a alegria de viver. (…) Este livro é, no fundo, a minha resposta, não académica, mas informada, aos que me formulam a pergunta, direta ou indiretamente, quando me profundo para me contar do seu sofrimento. (…) Queria deixar-lhe um testemunho de aprendizagem, que partilho para que prossigam a vida fora da bolha do consultório. (…)