Degradação do betão por reacções álcalis-sílica
Utilização de cinzas volantes e metacaulino para a sua prevenção (TPI 40)
de Angelino dos Santos Silva
Sobre o livro
A ocorrência nos últimos anos em Portugal de um número cada vez maior de estruturas de betão degradadas por reacções álcalis-sílica (RAS) levou à
necessidade de se estudarem formas preventivas destinadas a evitar a ocorrência da RAS nas novas construções. O presente trabalho teve como objectivo
principal contribuir para o esclarecimento do mecanismo reaccional da RAS e das formas do seu controlo, em particular, estudar o efeito das cinzas volantes
e do metacaulino na sua inibição.
Neste trabalho apresentam-se exemplos de estudos de diagnóstico/prognóstico de estruturas afectadas por RAS em Portugal, com base nos quais é
apresentada uma metodologia para a sua avaliação.
Concluiu-se que os métodos de ensaio nacionais em vigor não permitem determinar com rigor a reactividade aos álcalis de agregados para betão, e que o
ensaio acelerado ASTM C 1260, à excepção de agregados provenientes de rochas granitóides, é o método mais apropriado para essa avaliação. Verificouse
que o ensaio ASTM C 1260 pode ser aplicado na definição do teor mínimo de adição mineral a empregar na inibição da RAS quando são utilizados
agregados reactivos.
Mostrou-se que a redução do teor de hidróxido de cálcio por via da reacção pozolânica das cinzas volantes é o principal factor do mecanismo da inibição
da RAS no betão. Aspectos relacionados com a absorção de álcalis pelo CSH formado ou de redução da mobilidade iónica têm importância secundária no
mecanismo global de inibição da RAS.
Finalmente, mostrou-se que o mecanismo de inibição da RAS pelo metacaulino é semelhante ao descrito para as cinzas volantes, e que o metacaulino é
mais eficiente que as cinzas volantes na inibição da RAS.
Descritores: Durabilidade do betão / Reacções alcalis-agregado / Estruturas de betão / Adições / Cinzas volantes / Metacaulino / Ensaios acelerados / Tese / PT