Sobre o livro
«Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel
Aureliano Buendía haveria de recordar aquela tarde remota em que o pai o levou a conhecer o gelo.» Com estas palavras - tão célebres já como as palavras iniciais do Dom Quixote ou de À Procura do Tempo Perdido - começam estes Cem Anos de Solidão, obra-prima da literatura contemporânea, traduzida em todas as línguas do mundo, que consagrou definitivamente Gabriel García Marquez como um dos maiores escritores do nosso tempo. A fabulosa aventura da família Buendía-Iguarán com os seus milagres, fantasias, obsessões, tragédias, incestos, adultérios, rebeldias, descobertas e condenações são a representação ao mesmo tempo do mito e da história, da tragédia e do amor do mundo inteiro.
Prefaciado por Alberto Manguel
Comentários
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...E o livro prestava mesmo!
Tendo o casal García Márquez penhorado os seus eletrodomésticos para pagar o envio do manuscrito para a 1ª edição, Mercedes avisou, assustada, Gabriel: "Hei, agora só nos faltava que o livro não prestasse!" Mas, cinquenta anos já passados desse marco histórico na Literatura do séc. XX, leitores de todo o mundo continuam a visitar, assombrados, a aldeia de Macondo e a percorrer a árvore genealógica da família Buendía. Porque há livros cuja magia nos prende desde as primeiras palavras: "Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía haveria de recordar aquela tarde remota em que o pai o levou a conhecer o gelo..."
É um daqueles livros que se deve ler pelo menos uma vez na vida, sem pressas. Apaixonante e intenso, conta a história de uma família latino-americana recorrendo ao estilo apelidado de realismo mágico. O autor é muito bom na construção de personagens e de enredos em que a realidade e a fantasia se misturam. Recomendo vivamente.