Sobre o livro
Com a descoberta dos manuscritos do Mar Morto, a Bíblia foi 'arrancada das areias' e projetada para fora da Sinagoga e da Igreja, tornando-se um objeto cultural. Este livro faz parte de uma série consagrada à compreensão dos laços entre a Bíblia e as diferentes disciplinas que ordenam o saber, a expressão e a ação, tendo por base a convicção de que a Bíblia, longe de ser reservada aos religiosos, aos exegetas e aos teólogos, constitui um dos fundamentos maiores de nossa civilização ocidental e, em conseqüência, uma das referências a interrogar, para pensar e agir. O Espírito teria algo a ver com a lei? Que relação devemos estabelecer entre o direito que está na Bíblia e o nosso? E a Bíblia como tal, em suas correntes certamente jurídicas, mas também narrativas, poéticas e sapienciais, teria sido e seria ainda uma fonte de inspiração possível para o direito? A fim de esboçar respostas, o livro une a voz dos biblistas à dos juristas, dos filósofos do direito e dos canonistas. Bíblia e direito - o confronto é inédito. Ao longo de cinco ensaios, a obra explora o direito na Bíblia e a Bíblia no direito. Estuda primeiramente o direito de Israel no Antigo Testamento, a instituição do jubileu, a lei e o juízo final no Novo Testamento. Em seguida, interroga a presença da Bíblia no direito - o direito ocidental, em particular a legislação da bioética, e o direito interno à Igreja, ou direito Canônico. Do direito bíblico à orientação para o direito atual, um livro que serve de ponte.