Sobre o livro
Face à iminência de uma 3.ª invasão pelas tropas de Napoleão, Wellington elaborou em 1810 um plano de defesa de Portugal assente em 3 pontos: a edificação de uma linha de fortificações a norte da península de Lisboa - as Linhas de Torres Vedras -, retirada da população da Beira e da Estremadura para a retaguarda das fortificações, e a destruição de todos os meios de subsistência e de meios de produção que pudessem permitir às tropas francesas subsistirem na região. Wellington contava para o sucesso do seu plano com o nacionalismo do povo português ao qual pediu o sacríficio de se arruinar e de arruinar o país para o salvar das garras da águia francesa. O estado de devastação em que se encontrou Portugal após a retirada dos franceses, em Março de 1811, mostra a violência intrínseca a um tal plano, sem dúvida genial se considerado do ponto de vista da arte das fortificações, mas na concepção do qual a dimensão humana não foi tida em conta.