Apólogos Dialogais, vol. II
de D. Francisco Manuel de Melo
Sobre o livro
Editados pela primeira vez em 1721, O Escritório Avarento e O Hospital das Letras, escritos em meados do século XVII, constituem o segundo e quarto diálogos imaginários dos Apólogos Dialogais.
No primeiro, D. Francisco recorre a quatro moedas para tratar o tema do dinheiro, ora com um sentido apologético, ora mostrando o reverso da corrupção e efeitos morais negativos que lhe andam associados. O Hospital das Letras afasta-se um pouco da encenação e da temática dos restantes apólogos. As dramatis personae são agora Bocalino, Justo Lípsio, Quevedo e o próprio Autor, que percorrem uma biblioteca-hospital em que vão «diagnosticar» - fazendo crítica literária - os achaques que acometem diferentes nomes da República das Letras, entre os quais se contam Gil Vicente, Sá de Miranda, António Ferreira, Camões e Rodrigues Lobo, propondo simultaneamente «remédios».
A presente edição é da responsabilidade de Pedro Serra, reconhecido editor e especialista em D. Francisco Manuel de Melo.