Samuel Lopes (Amadora, 28 de maio de 1970)
Autor, editor, produtor, compositor, letrista e gestor de carreiras.
Desde cedo que a música fez parte do seu imaginário, em pequeno recorda-se de
ouvir os discos que o seu pai tocava, Glenn Miller, Frank Pourcel ou Frank
Sinatra e também a música portuguesa que a sua mãe ouvia como Amália Rodrigues
ou Fernando Farinha.
Por influência do seu irmão mais velho que é músico, na sua adolescência inicia
a sua carreira musical em meados dos anos 80, sendo baixista numa banda de metal
a qual formou. Mais tarde passa a integrar outros projetos de pop rock e música
portuguesa, vindo a trocar o baixo pela guitarra, visto este ser um instrumento
mais propício para a composição.
No fim da década de 90, assume grande parte das composições para o filme
português Pesadelo cor-de-rosa de Fernando Fragata com Catarina Furtado e Diogo
Infante que se estreia nas gravações discográficas com o genérico do filme da
sua autoria.
Apesar de ter deixado os palcos nos anos 2000, as facetas de compositor e
letrista sempre foram uma constante que se mantêm até aos dias de hoje. Autor da
SPA desde os anos 80, conta com dezenas de letras e músicas publicadas por
vários artistas da pop ao fado.
O seu início como profissional da música remonta a 1988, quando começa na
promoção e distribuição na Nébula, uma pequena distribuidora do Mestre António
Sérgio, com o qual teve oportunidade de expandir os seus horizontes para tantas
outras músicas. Esta experiência viria a inspirar a criação da Música
Alternativa, editora-distribuidora que fundou no início dos anos 90. A qual foi
importante na divulgação e desenvolvimento de carreiras para centenas de
artistas; portugueses como Moonspell, Blasted Mechanism, Tara Perdida ou António
Zambujo e estrangeiros como Tom Waits, Solomon Burke, Divine Comedy, PJ Harvey
ou Offspring. Assumindo liderança no âmbito da música independente em Portugal,
ditando muitas das tendências que se verificaram nesses anos, também pelas
centenas de compilações editadas como Brazilounge, The Sound of Fashion, Tango?
ou Divas do Brasil, e distribuídas como Café Del Mar ou Buddha Bar.
Em 2003 cria a Difference, uma produtora discográfica que estaria vocacionada
para a criação e desenvolvimento de projetos musicais inovadores de valor
acrescentado e também na internacionalização da música portuguesa. É na
Difference que surgem os projetos; Amália Revisited, Liana - fado.pt, Donna
Maria, Divas do Fado Novo, Novo Fado, Ana Laíns entre outros, e também os
livros-4CD: Fado Sempre! Ontem, Hoje e Amanhã, Divas do Fado, Mediterrâneo,
Angola - As 100 grandes músicas dos anos 60 e 70, a maioria destes projetos
atingem um sucesso considerável.
Nestes anos, as músicas do mundo, lusofonia e o fado em particular, são áreas
para as quais desenvolve um gosto especial, considerando-se um renovador, apesar
de apreciar a tradição.
Em 2010 cria a editora de livros musicais SevenMuses MusicBooks, pretendendo ter
uma utilidade de entretenimento cultural em Portugal e no mundo, continuando a
desenvolver conceitos originais, alargando-os para lá da música e para lá das
fronteiras portuguesas. Como é o caso da poesia e outras tantas experiências
enriquecedoras no valor humano. Disso é exemplo o livro-2CD Fado Portugal ou a
antologia poético-musical de Fernando Pessoa Os Mensageiros que irá ser editada
brevemente, o projeto em livro-CD Citânia - Segredos do mar também para breve e
tantos outros projetos que pretende abraçar no âmbito literário-musical no
futuro próximo.
Considera que a obra é o mais importante de qualquer artista, e defende que ter
critério, originalidade e paixão, são premissas fundamentais para trilhar novos
caminhos futuros.(...)