A Princesa do Mondego
de Eurico Machado Costa
Sobre o livro
"Os apaixonados por Coimbra - e quem, nela tendo vivido o tempo dos estudos, a ela não fica para sempre preso? - gostarão de A Princesa do Mondego, homenagem prestada por um jovem autor de hoje à "Lusa-Atenas" de outrora, ao seu rio, aos seus edifícios, aos seus habitantes."
"O cenário é feito dos veneráveis monumentos de que a nossa cidade se honra: a Igreja de Santa Cruz, a Sé Velha, a Sé Nova, a Universidade, todos descritos com admiração e alguma minúcia, mas igualmente as praças e as ruelas da Alta destruídas pelos arquitectos de Salazar."
"O fio narrativo que percorre o livro começa com o encontro do bom estudante Jesualdo e da bela tricana Esmeralda e desenrola-se, até à promessa de casamento, através das peripécias que decorrem essencialmente do ciúme do colega de Jesualdo, Ramiro, indivíduo sinistro, descontente consigo próprio e com o mundo."
"Outros pequenos eventos, ligados ao quotidiano dos estudantes, das tricanas e dos burgueses vêm dar sabor ao nosso percurso imaginário na Coimbra finissecular."
"O envenenamento, a demência, o atentado, todos presentes em A Princesa do Mondego, fazem aflorar na narrativa a violência dos instintos que vêm pôr em causa o conformismo dos valores morais, cívicos e religiosos."
"Não podemos pois definir todo o interesse do livro sem ter em conta a perplexidade que desperta e que, sem dúvida, tem a ver com a indeterminação, propositada, do ponto de vista."
(Excertos do Prefácio de Cristina Robalo Cordeiro)