A Ilha Maldita
de José Sabino Luís
Sobre o livro
Os telejornais faziam eco da situação da ilha que, sendo verdejante e paradisíaca, se tornara maldita, mas a maldição agudizou-se: começaram a aparecer peixes mortos à volta de toda a ilha e as aves marinhas debandaram. As crónicas do jornalista tornaram-se violentas. O sofrimento das pessoas estava a magoá-lo sobremaneira. Só encontrava algum lenitivo quando, noite dentro, ele e Celeste trocavam vidas, fechado que estava o restaurante, que pouco movimento tinha, e na residencial, havia também poucos clientes, apenas as pessoas que, por algum motivo, se ficaram pela cidade que as instituições, com muitas deficiências embora, continuavam de portas abertas. Havia muito tempo que não chegava nenhum novo cliente, nem sequer aqueles que, por negócios, ou saudades, vinham regularmente à ilha.