O jornalista português Carlos Fino nasceu em 1949, em Lisboa, mas viveu a sua infância em Fronteira, no Alto Alentejo. Apesar de licenciado em Direito, acabou por optar pela carreira de jornalista, na qual se estreou no início dos anos 70.
Destacou-se como repórter de televisão, ao serviço da Radiotelevisão Portuguesa. Começou a ser conhecido dos portugueses através do trabalho que desenvolveu em Moscovo (1976-1982), na ex-União Soviética, onde era correspondente do canal estatal português. Foi correspondente na era do presidente Leonid Brezhnev.
Regressou depois a Portugal mas em 1985, com a chegada de Mikhail Gorbachev à liderança da União Soviética, voltou a Moscovo como correspondente da RTP. A partir da capital soviética acompanhou as grandes mudanças políticas que se operaram na época que levaram aos desmantelamentos da União Soviética e ao renascimento da Rússia. Foi também chefe da delegação e correspondente da RTP em Bruxelas e em Washington.
Posteriormente, regressou a Portugal, mantendo-se sempre como jornalista da RTP.
No canal estatal apresentou telejornais e foi, entre 2000 e 2002, subdirector de informação. No entanto, destacou-se principalmente como correspondente de guerra. Assim, esteve presente na primeira guerra da Tchetchénia, em 1994, no Kosovo, em 1999, e no Afeganistão, em 2001. Carlos Fino movimentou-se com bastante à-vontade nestes cenários de guerra por saber falar russo, língua que aprendeu enquanto trabalhou em Moscovo.
Em Março de 2003, quando começou a Guerra no Iraque, Carlos Fino estava destacado pela RTP em Bagdade. Na altura em que as forças norte-americanas iniciaram os bombardeamentos, na madrugada de 20 de Março, o jornalista estava a transmitir em directo a partir da varanda do quarto do hotel onde ficou hospedado. Foi o primeiro jornalista do mundo a noticiar o acontecimento e com imagens em directo através de videofone. Este feito foi destacado em diversas televisões internacionais e teve grande repercussão no Brasil, onde Carlos Fino se tornou famoso e foi proposto para cidadão honorário de Brasília. Recebeu, entre vários outros prémios, o Grande Prémio de Jornalismo do Clube Português de Imprensa.
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