A Extraordinária Viagem de Píteas, o Grego
de Barry Cunliffe
Sobre o livro
Há mais de 2300 anos uma expedição extraordinária, encabeçada por Píteas partiu da colónia grega de Massalia (actual Marselha) para explorar as fabulosas terras do Norte da Europa; esta era uma região misteriosa, mitificada, que segundo a ciência grega era demasiado fria para permitir a existência humana.
Não se intimidando, Píteas tornou-se o primeiro homem letrado a visitar as ilhas britânicas, a costa germânica, e mesmo a Islândia. Surpreendentemente, as ilhas britânicas só tornaram a ser visitadas por exploradores clássicos 300 anos depois, quando lá chegaram as legiões de Júlio César. Perante esta realidade pode dizer-se que Píteas foi o Colombo da Antiguidade.
O nosso conhecimento da sua viagem é indirecto ( o seu registo original terá sido destruído no incêndio da Biblioteca de Alexandria ) mas através de registos escritos indirectos e registos arqueológicos, Cunliffe recria esta fantástica viagem, que nos dá uma nova visão do mundo clássico e nos revela o olhar surpreendido de um grego perante um mundo novo.
Tal como a informação enviada por uma sonda espacial de passagem por um planeta distante, os sinais que Píteas envia para o nosso tempo, por muito débeis e confusos que sejam, representam o limite mais longínquo da experiência humana instruída no mundo do Norte. Este livro permite-nos sentir algum do seu assombro maravilhado, agachado no seu barco feito de pele, olhando para a geografia na qual vivemos agora e para a lendária Ultima Thule — o Oceano Glacial Árctico.
Com esta obra descobrimos, fascinados, a «nossa» Europa anterior a Roma. Os povos, os costumes e os espaços surgem como novidades surpreendentes aos nossos olhos de europeus modernos.